Poder-se-á dizer que Silva Pinto, Carlos Barreiros, Adriano Cerqueira e mais tarde Jorge Morgado tiveram nesses anos um papel preponderante na cobertura das provas.
Silva Pinto |
Silva Pinto, piloto e empresário muito activo no motocross teve com a sua revista “A Moto” nos primeiros anos o melhor acompanhamento, chega também a par com a organização de algumas boas provas internacionais a editar o “Jornal do Motocross” pena que ambas as publicações tenham tido vida curta.
Motor, Autosport e Automundo na sua especialização de desportos motorizados, sobretudo automóvel, dedicavam-nos em todas as edições algumas páginas, destacando dentro do possível ( entre a difícil escolha de provas piratas, extra-campeonato e campeonato ) os seus enviados especiais.
Carlos Barreiros |
O acompanhamento semanal das provas onde os melhores pilotos estavam, era feito pelo Carlos Barreiros que teve também sempre uma grande intervenção junto dos organizadores extra-campeonato e até piratas.
Este multifacetado jornalista freelancer para alem de fazer a cobertura da prova quando solicitado.... ( colaborou em todas as edições da época ).
- Fotografava e vendia as fotos aos pilotos ( sempre era mais uma ajuda de custo.. ) sabendo assim por antecipação qual a próxima corrida onde iríamos estar.
- Chegou a ter funções de delegado da federação num fim de semana e acompanhar prova pirata noutro
- Nas organizações que não tinham cronometragem apropriada, que eram quase todas, ( ver As Organizações ) fazia a classificação por volta/piloto, e vendia estes dados à organização.
Sempre foi o mais presente de todos os jornalistas, nunca percebi porque não o utilizaram mais.
Afonso Cerqueira |
Como os jornais saíam à 2ª feira, era comum a noticia já ter sido dada no domingo à noite na RTP no fim do telejornal, nas horas de maior audiência.
A sua simpatia e motivação aos pilotos estava sempre reflectida no que escrevia, isto independentemente dos seus diabetes em estado avançado. ( vi-o pela ultima vez em 2004 na festa dos 20 anos do Moto-Jornal, depois os “diabretes” venceram-no )
Afonso Cerqueira nas suas entrevistas antes das partidas
Jorge Morgado |
Até que em 1983 dá o grande salto e traz-nos a novidade na versão “0” o “Moto Jornal” num formato muito profissional.
Moto Jornal nº 0
Joaquim Agostinho, que gostava de motocross, costumava estar presente sempre que possível nas provas da zona de Torres Vedras e fazia a ponte entre o que se tinha passado e os jornais desportivos não especializados Record, etc
Joaquim Agostinho
Outros jornalistas ( hoje com funções diferentes ) evitavam acompanhar as provas, acabando por delegar as reportagens em pilotos e acompanhantes.
Jorge Viegas - Autosport
Chegámos mesmo a fazer a cobertura de provas do mundial
Todo este inter-relacionamento entre pilotos, jornalistas e rtp deu-nos ironicamente a melhor comunicação de sempre sem grandes meios.
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